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Líderes de Israel e EUA vão a Egito negociar plano de paz

Primeiro-ministro de Israel diz que espera libertação total de reféns em Gaza nos próximos dias Autoridades israelenses, americanas e representantes do grup...

Líderes de Israel e EUA vão a Egito negociar plano de paz
Líderes de Israel e EUA vão a Egito negociar plano de paz (Foto: Reprodução)

Primeiro-ministro de Israel diz que espera libertação total de reféns em Gaza nos próximos dias Autoridades israelenses, americanas e representantes do grupo terrorista Hamas estão a caminho do Egito para negociar o plano de paz proposto pelos Estados Unidos. O primeiro-ministro de Israel diz que espera o retorno de todos os reféns na Faixa de Gaza nos próximos dias. Depois de uma reunião da cúpula militar na noite de sexta-feira (3), o Exército Israelense anunciou, no início deste sábado (4), que estava se preparando para a implementação da primeira fase do plano do presidente americano, Donald Trump, para Gaza — o que inclui a interrupção por ora dos bombardeios. Mas ele destacou que as tropas devem se manter alerta para possíveis ameaças. Neste sábado, Gaza amanheceu com novas explosões, segundo agências de notícias. Autoridades da defesa civil palestina, controlada pelo grupo terrorista Hamas, afirmaram que ao menos 57 pessoas morreram no dia. Ainda assim, em uma postagem, Donald Trump agradeceu a Israel por ter suspendido temporariamente os bombardeios e afirmou: “Não tolerarei atrasos, que muitos acreditam que ocorrerão, nem qualquer resultado que coloque Gaza novamente como uma ameaça. Vamos resolver isso, rápido. Todos serão tratados com justiça”. Em entrevista ao site de notícias Axios, Trump disse que ligou para Netanyahu e disse ao primeiro-ministro israelense que esta é “a chance dele de vitória”. O presidente americano afirmou ainda que Netanyahu “não tem outra escolha”. Mais tarde, Netanyahu falou pela primeira vez desde a resposta do Hamas na sexta. O primeiro-ministro disse que Israel está à beira de uma grande conquista e que espera poder anunciar aos israelenses nos próximos dias o retorno de todos os reféns, vivos e mortos em uma única fase, com as forças de Israel permanecendo no interior da Faixa de Gaza. Ele afirmou: "Em vez de Israel estar isolado, quem está isolado é o Hamas". Netanyahu disse ainda que, na segunda fase, o Hamas será desarmado e a Faixa de Gaza desmilitarizada. "Isso acontecerá ou por meios diplomáticos, segundo o plano de Trump, ou militarmente, por nós", afirmou o primeiro-ministro. Nesta sexta, o Hamas deu sinal positivo para dois pontos fundamentais da iniciativa americana: a libertação de todos os reféns e a transferência do poder na região para um conselho palestino, formado por nomes independentes e técnicos. Apesar do avanço, ainda existem divergências, e o grupo terrorista agora tenta negociar outros pontos do plano. O Hamas quer participar da discussão sobre o futuro governo, mas a proposta americana prevê que eles não terão espaço. Um representante do grupo terrorista também disse em uma entrevista à Al Jazeera que eles só vão se desarmar depois de uma desocupação de Israel. Mas o acordo estabelece que o grupo terrorista deve se desarmar imediatamente e que a saída de Israel será feita em fases. O governo do Egito informou que receberá, na segunda-feira (6), as delegações de Israel e do Hamas para discutir a libertação dos reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. O enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, também deve participar. Donald Trump anunciou na tarde de sábado novos avanços na negociação, afirmando que Israel concordou com a primeira fase da retirada das tropas. Ele publicou um mapa com a nova posição que as forças armadas israelenses assumiriam. Trump disse que, quando o Hamas confirmar, o cessar-fogo será imediato, e a troca de prisioneiros e reféns começará. A partir daí, serão criadas as condições para a próxima fase da retirada. Apesar da esperança, restam muitas dúvidas sobre a conclusão do acordo, que pode colocar fim a quase dois anos de guerra.